Nesta terça-feira (10), a Prefeitura de Guarulhos, por meio da Secretaria de Saúde, realizará diversas atividades artísticas e culturais em comemoração ao Dia Mundial da Saúde Mental, no Salão de Artes do Adamastor. O evento é destinado tanto a gestores e profissionais da saúde quanto às pessoas assistidas e seus familiares.
A programação inclui oficinas simultâneas, com espaço de beleza, origami, flor de filtro, pintura em tela, produção poética, projeção de imagens e exposição de produtos confeccionados nos serviços de saúde, inclusive customização de camisetas. De acordo com a coordenadora da Rede Psicossocial, Fernanda Ramos Ferreira, nas iniciativas de trabalho e renda há grande potencialidade para inclusão social das pessoas em sofrimento psíquico.
Segundo ela, os aspectos que envolvem o sofrimento psíquico têm aumentado cada vez mais e a idéia do evento, além de celebrar a data, é oferecer Saúde Mental com qualidade de vida para essas pessoas. “Através da Rede Psicossocial, buscamos, por meio da diversidade, promover o acolhimento humanizado, o cuidado compartilhado, respeitando a dignidade humana e o exercício da cidadania e da liberdade como elementos fundamentais para fortalecer a independência e a autonomia das pessoas que sofrem”.
Para tanto, o evento alusivo à data também terá o espaço do brincar, com amarelinha, pião, bola de gude, entre outras atrações. A programação inclui ainda recital de poesias, oficina musical, dança circular, samba na tenda e a abertura da exposição: “A Estética Inusitada de Katsumi Nako”, que ficará em exibição no Adamastor até o próximo domingo, dia 15, das 8 às 22 horas, com entrada gratuita e classificação livre.
Exposição
A mostra reúne cerca de 60 obras do artista, entre pinturas, desenhos e mosaicos. Imigrante japonês radicado no Brasil, Katsumi Nako passou parte de sua vida em Guarulhos. Conhecido como senhor Mário, foi participante das oficinas de terapia e arte do Projeto Tear – serviço de saúde mental da rede de atenção psicossocial do município, que desde 2003 atua no campo da inclusão social pelo trabalho, convivência e cultura da população em situação de sofrimento psíquico ou outras vulnerabilidades.
No Tear, onde passou um longo tempo de sua vida, se descobriu artista. Em suas telas, cujas técnicas empregadas fogem às convenções acadêmicas, culturais e sociais, o artista apresenta criações livres, despojadas das influências de estilos oficiais ou imposições do mercado de arte. São produções singulares de um artista autodidata, que constituem um novo paradigma estético que ultrapassa limites e reafirma a grandiosidade das capacidades humanas em suas múltiplas potencialidades.