A Prefeitura de Guarulhos inaugurou o Parque das Cores, um parklet – praça de lazer e convivência em local de uso público – na área externa da entrada principal do Shopping Bonsucesso, nesta segunda-feira (16). Com bancos, vasos de flores e grafite, o espaço foi desenvolvido por artistas da cidade, que utilizaram materiais recicláveis para o mobiliário. O espaço também será ocupado pela Feira de Economia Solidária, realizada por cadastrados na Secretaria do Trabalho e assistidos pelo projeto Tear.
A programação da feira começa no próximo sábado (21) e domingo (22) e deve seguir durante os segundos finais de semana de cada mês. O comércio irá expor a preços populares quadros, artes em pneus reciclados, produtos em madeira, bonecas de pano, laços de cabelo, acessórios em geral, panos de prato, cadernos, mochilas, crochê, chinelos personalizados, aromas e fragrâncias, roupas, cachecol, entre outros.
A secretária do Trabalho, Telma Cardia,agradeceu a parceria com o empreendimento, representado na ocasião pelo superintendente Frederico Oliveira, que já havia aberto as portas para a feira em junho, e à Filtros Tecfil, que doou material para as confecções do mobiliário. “As parcerias que temos rendem bons resultados. Depois que expomos aqui cresceu a nossa equipe de artesãos, nossos números melhoraram muito. Muitas famílias sobrevivem do artesanato e elas precisam desse espaço e apoio. Em Guarulhos temos grandes talentos, devemos buscar girar a economia com nossas pessoas. Todos eles têm feito um trabalho maravilhoso”, enalteceu.
O artista responsável pelos assentos feitos com pneus dispostos na área, Geraldo Santos, 60, se tornou artesão por acaso. Ao ver uma aula ao ar livre sobre reciclagem decidiu participar e hoje leva o artesanato como profissão. "Nosso trabalho é bem diferenciado, criativo e abrangente. Eu cuido da área da reciclagem de pneus, todos trabalham em uma área importante. Esse é um lugar novo agora. Todo dia inventamos algo novo, tem tanta coisa linda que fazemos. O melhor de tudo é aproveitar algo que as pessoas iriam jogar no lixo. O pneu, por exemplo, pode ser muito caro, eu cuido do material, gosto muito do trabalho que faço”.
Fotos: Fábio Nunes Teixeira/PMG