A Prefeitura de Guarulhos divulgou nesta quinta-feira (2) a terceira edição do relatório sobre o mapeamento cultural de trabalhadores da cultura e espaços culturais da cidade. Os arquivos, disponíveis para acesso no endereço www.guarulhos.sp.gov.br/mapeamentocultural, apresentam dados coletados no período de 27 de maio a 30 de junho e serão atualizados quinzenalmente.
Uma novidade neste relatório é o registro de dados coletados na Plataforma Grucultura. Lançada em maio de 2017, ela permite o mapeamento, integração e publicidade de projetos, pessoas, espaços e eventos dos ambientes culturais guarulhenses. Atualmente, essa plataforma contabiliza 627 agentes culturais e 197 espaços culturais, apresentando um panorama mais abrangente da realidade do setor na cidade. Dessa forma, consiste em uma fonte comparativa relevante para o entendimento da representatividade proporcional do mapeamento cultural ora realizado.
Além de oferecer um diagnóstico do impacto provocado pelas restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus, o mapeamento também permite o planejamento de medidas que possibilitem um retorno rápido e organizado das atividades culturais no período pós-pandemia.
Para mais informações sobre a plataforma Grucultura acesse http://grucultura.guarulhos.sp.gov.br.
Os dados
A segunda edição do relatório contabilizou 316 registros de pessoas ligadas a 25 diferentes setores culturais. Música e cultura popular figuram entre os dois setores mais representativos, com 20% cada. É possível observar ainda que, a partir da primeira edição do relatório, diferentes setores figuraram entre os mais representativos nos três relatórios, respectivamente, artesanato, música e cultura popular (empatado com música). Tal dado sugere uma movimentação e sensibilização setorizada para o preenchimento do formulário.
O relatório destaca também maior adesão de trabalhadores entre 21 e 30 anos, totalizando aproximadamente 90. Contudo, 66% deles possuem mais de 30 anos e 46% têm experiência acima de dez anos no setor cultural. Os artistas figuram com mais da metade (52%) de representatividade, considerando a área de atuação, seguida por produtores, com 11%, e formadores, com 10% dos trabalhadores.
A proporção de trabalhadores sem emprego formal ativo alcança 76% e apenas 37% recebem o auxílio emergencial de R$ 600 do governo federal. A região central de Guarulhos é a que mais possui trabalhadores culturais, com 31% dos registros.
O relatório de espaços culturais registrou 34 locais, dos quais 16 são imóveis locados. Desse total, 48% estão localizados na região central. Vinte e dois espaços são geridos por micro ou pequenas empresas.
Dois dos espaços registrados possuem 20 trabalhadores, um dos espaços possui 30 trabalhadores e outros quinze possuem entre dois e cinco funcionários. Vinte e seis por cento dos espaços mobilizam indiretamente, em suas atividades mensais, mais de 50 colaboradores.
Quarenta por cento dos espaços funcionam na faixa de três a dez anos e 17% estão em atividade há mais de 20 anos. As atividades mais realizadas nos espaços mapeados são formação, com 18%, e empresas de diversões e produção de espetáculos, com 10%.
Em 85% dos espaços o impacto da Covid-19 provocou demissões, redução de jornada de trabalho e/ou de salário ou ainda a realização de teletrabalho.