Depois de conquistar a vaga para a Superliga 2017/2018, a equipe do Corinthians-Guarulhos desembarcou nesta segunda-feira, 14, no Aeroporto de Guarulhos. Os atletas voltam aos treinos nesta terça-feira, 15, visando a estreia no Campeonato Paulista que será na próxima sexta-feira, 18, às 20h contra o CLIMED/Atibaia, em Atibaia.
O líbero Serginho, o central Sidão, o oposto Rivaldo e o técnico Alexandre Stanzioni, além do vice-prefeito de Guarulhos, Alexandre Zeitune, conversaram com a imprensa sobre o principal objetivo da equipe nesta temporada, a vaga na elite do vôlei nacional. “Fizemos um planejamento muito grande para conquistar essa vaga na Superliga que era muito importante para o projeto. Tivemos pouco tempo de preparação para chegar na Taça Ouro, com um grupo novo, em um ginásio novo que ainda passa por reformas, até atingir um padrão de jogo, um amadurecimento. Tivemos que unir tudo isso, colocar em uma caixinha em busca do nosso principal objetivo da temporada. A partir de hoje é um outro planejamento, já pensando no campeonato paulista e na superliga. Agora é um processo mais difícil. Conquistamos a vaga e agora temos de nos manter nela”, analisou o técnico Alexandre Stanzioni.
O líbero Serginho, um dos idealizadores do projeto ao lado do treinador alvinegro, acredita que a partir de agora, com a conquista da Taça Ouro, o time chegará de outra maneira no estadual. “Temos ainda dois jogadores que estão na seleção SUB 23 (o oposto Gabriel e o ponteiro Fábio), com o Sidão ainda de fora, ele é uma peça fundamental no nosso time, uma peça muito pesada. A gente sabe que a nossa equipe com esses três jogadores será uma outra equipe. Esse é só o começo da história. Agora vem o campeonato paulista e isso nos dá muita motivação, nos dá mais confiança para a gente seguir sabendo que vamos forte e se deixar a gente chegar podemos beliscar o paulista também”, disse animado.
Apesar da felicidade com a vaga na Superliga 2017/2018, Serginho fez questão de ressaltar a tristeza em ver duas grandes equipes fora da elite do vôlei. “Fico muito triste de ver times como Botafogo e Castro fora da Superliga, eu como atleta de voleibol, como alguém que quer o melhor para o voleibol, é muito triste, como se nós ficássemos de fora também seria. Eles têm grandes jogadores, medalhistas olímpicos, com estruturas boas e ficar de fora não é bom para o voleibol.
Não é por que o Corinthians-Guarulhos entrou na Superliga que tudo bem, temos que pensar no voleibol como um todo. Queremos uma superliga forte e equilibrada. Graças a Deus estamos nela e só tenho de agradecer a confiança de todos que estão envolvidos no projeto. Que a CBV reveja isso para que o nosso vôlei fique mais forte, o campeonato mais competitivo”, alertou.
Guarulhos em festa
A cidade de Guarulhos ficou em festa pela conquista da vaga e o oposto e capitão Rivaldo agradeceu aos torcedores. “Guarulhos já é voleibol, impressionante. Você entra no comércio, anda na rua, eles falam de voleibol e eles nos reconhecem, eles já nos abraçaram”, comemorou.
Sobre a Taça Ouro, o jogador fez questão de ressaltar o alto nível de competitividade e elogiou os adversários. “Castro fez um campeonato impressionante, esperávamos um confronto pesado, mas não da forma como foi, eles se preparam muito para essa disputa. Deram um trabalho danado também para o Botafogo, tiveram chance de ganhar o jogo. Contra o Botafogo já esperávamos que seria uma final, como foi, e também fizeram uma competição incrível, com jogadores que eu não conhecia e fizeram bonito”, avaliou.
Rivaldo fez questão de ressaltar o empenho do Corinthians-Guarulhos em busca da vaga. “Conseguimos superar o desafio, que foi uma batalha, uma guerra, onde tivemos que sair vitoriosos com a força do grupo, precisamos do time todo, começamos com uma formação e terminamos com uma troca de peças e conseguimos ver que estamos no caminho certo, vamos nos ajudar muito ao longo da temporada”.
Depois de onze meses parado, Sidão voltou a treinar com o grupo há quase quinze dias. Ele jogaria a Taça Ouro, porém, como sentiu um pouco de dor no ombro a comissão técnica preferiu segurar o atleta para que ele esteja 100% no Campeonato Paulista. O central disse que foi uma experiência diferente torcer na arquibancada no Rio de Janeiro.
“Foi muito difícil estar do lado de fora. Recebi uma mensagem do Alê (treinador) que ele queria que eu estivesse no Rio de Janeiro, que ele confia em mim, queria que eu passasse experiência para a rapaziada, eu fiquei muito feliz por isso, eu como atleta quero estar com o time, quanto mais eu vivenciar isso com eles, melhor para mim. Foi muito ruim ficar de fora e gratificante de ver a energia deles e a vontade. Eu vibrei, torci, fiquei com dor de estômago, foi uma experiência nova. Contando os minutos para estar em quadra novamente”, finalizou.
Imagens: Márcio Lino / PMG