Um festival de música, arte e cultura marcou o Dia Mundial da Saúde Mental, nesta terça-feira (10). O evento, promovido pela Secretaria de Saúde da Prefeitura de Guarulhos, no Adamastor Centro, reuniu cerca de 400 pessoas, entre trabalhadores da área, usuários dos serviços e seus familiares, além do secretário de Saúde, José Sérgio Iglesisas Filho, e sua adjunta Graciane Dias Figueiredo Mechenas.
Com instrumentos confeccionados a partir de material reciclável, usuários dos serviços de saúde mental se juntaram aos músicos Roger Rosa Ribeiro, psicólogo do Centro de Atenção Psicossocial – Caps Álcool e Drogas, e Luíz Fabiano Viana, voluntário do Caps Osório César, do Tear e do Caps AD e animaram o público. Aproveitando o som de repertório variado, ao mesmo tempo, aconteceram oficinas culturais, de arte e exposição do artista Katsumi Nako.
A proposta da comemoração deste ano foi promover a integração dos serviços, reunindo tanto gestores e profissionais de saúde, como as pessoas assistidas e suas famílias. Para tanto, a programação ainda contou com dança circular e espaço do brincar, com jogos de amarelinha, pião, bola de gude, samba na tenda, entre outras.
Exposição:
“A Estética Inusitada de Katsumi Nako” é a exposição que ficará em cartaz no Adamastor até o próximo dia 15, das 8 às 22 horas, com entrada gratuita e classificação livre.
A mostra reúne cerca de 60 obras do artista, entre pinturas, desenhos e mosaicos. Imigrante japonês radicado no Brasil, Katsumi Nako passou parte de sua vida em Guarulhos. Conhecido como senhor Mário, foi participante das oficinas de terapia e arte do Projeto Tear – serviço de saúde mental da rede de atenção psicossocial do município, que desde 2003 atua no campo da inclusão social pelo trabalho, convivência e cultura da população em situação de sofrimento psíquico ou outras vulnerabilidades.
No Tear, onde passou um longo tempo de sua vida, se descobriu artista. Em suas telas, cujas técnicas empregadas fogem às convenções acadêmicas, culturais e sociais, o artista apresenta criações livres, despojadas das influências de estilos oficiais ou imposições do mercado de arte. São produções singulares de um artista autodidata, que constituem um novo paradigma estético que ultrapassa limites e reafirma a grandiosidade das capacidades humanas em suas múltiplas potencialidades.
Desse modo, agregando todos esses conhecimentos e experiências, acabou por constituir uma rede de trocas sócio afetivas, saindo do isolamento que viveu durante algumas décadas e desenvolvendo uma imensa produção artística.
Imagens: Sidnei Barros / PMG