Chuva torrencial atingiu a Ilha de Kyushu, no sudoeste do Japão, nesta segunda-feira (6) e pelo menos mais um rio transbordou, elevando para 44 o número de mortes em três dias de inundações e deslizamentos de terra, incluindo 14 em uma casa de repouso.
Ordens de retirada foram emitidas para mais de meio milhão de habitantes da ilha, além de alertas de retirada para mais dezenas de milhares no oeste japonês, anunciou a emissora NHK.
O primeiro-ministro, Shinzo Abe, disse que a previsão é de que a chuva seguirá para o leste na quarta-feira (8) e ordenou operações de busca e resgate 24 horas por dia. Dez pessoas estão desaparecidas, segundo a NHK.
Imagens de televisão mostraram ruas transformadas em rios, com água na altura da cintura, uma ponte caída, carros virados e um helicóptero içando um homem de uma casa alagada.
A casa de repouso foi inundada no município insular central de Kumamoto. A NHK não deu detalhes.
"Faço um apelo a todos os cidadãos a seguirem cuidadosamente as informações fornecidas pelas autoridades locais e ficarem alertas para adotar ações que protejam sua vida", disse Abe em reunião de uma força-tarefa do governo.
O secretário-chefe de gabinete, Yoshihide Suga, informou que 40 mil homens da Força de Autodefesa estão envolvidos em missões de resgate.
Ele acrescentou que centros de acolhida também trabalham para evitar a disseminação do novo coronavírus, distribuindo desinfetante e pedindo que as pessoas mantenham distância umas das outras.
As inundações são o pior desastre natural a atingir o Japão desde que o tufão Hagibis matou cerca de 90 pessoas em outubro.