Moscou acredita que presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, repense sua decisão sobre o futuro do acordo nuclear com o Irã, afirmou nesta sexta-feira o ministro de Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov.
"Esperamos que a decisão final que será adotada pelo presidente dos Estados Unidos parta da realidade, porque trata-se de um programa extremamente necessário", disse Lavrov em coletiva de imprensa em Astana.
Segundo o responsável da diplomacia russa, o acordo, conhecido formalmente como Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA), constitui "uma das conquistas mais importantes da comunidade internacional" e "contribui para reforçar o regime da não-proliferação de armas nucleares".
"Por isso, sua plena conservação seria muito importante e a participação dos EUA nesse processo é, sem dúvida, um fator muito relevante", remarcou.
Trump reiterou anteriormente que Teerã não está cumprindo com o "espírito" do pacto que acordou com os Estados Unidos, então governado por Barack Obama, e outras cinco potências mundiais, Alemanha, China, Rússia, França e Reino Unido.
O presidente americano anunciou, além disso, que está a ponto de revelar sua decisão sobre se deve parar de certificar o acordo nuclear do Irã.
A decisão de Trump não significa a saída dos Estados Unidos do acordo com o Irã, mas abre um processo que poderia desembocar no reatamento das sanções a Teerã pelo seu programa nuclear, um passo que provavelmente suporia o fim do pacto que une esses dois países e às outras cinco potências.