Engenheiros da Proguaru (Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos S/A) e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) reuniram-se na terça-feira, 22, na Usina Recicladora de Resíduos da Construção Civil (RCC), que fica no Cabuçu, Guarulhos, Grande São Paulo, e definiram o local onde ficarão armazenados o “cimento verde” e os agregados que serão utilizados na estrutura do pavimento da rua Miguel Biondi, localizada em Torres de Tibagy.
Na Usina Recicladora, os técnicos das duas instituições farão a mistura dos materiais por meio de uma autoconcreteira, equipamento misturador de concreto. No local também serão realizados ensaios para caracterizar o material utilizado na aplicação/execução.
A parceria, que conta também com o apoio da InterCement - empresa especializada na produção de cimento, concreto e agregados-, prevê a aplicação do cimento verde num trecho de 211 metros da rua Miguel Biondi, no bairro Torres do Tibagy, Guarulhos. A previsão de início das obras é para a primeira quinzena do mês de setembro. Os testes serão realizados pelo período de um ano. A via foi dividida em trechos que receberão os seguintes materiais:
Trecho 1: Brita reciclada mais cimento verde;
Trecho 2: Brita graduada mais cimento verde;
Trecho 3: Brita graduada tratada com cimento;
Trecho 4: Brita graduada simples;
Trecho 5: Bica corrida reciclada.
O cimento verde é uma tecnologia inovadora desenvolvida pelo IPT, que prevê a utilização de Resíduos de Construção Civil e Demolição (RCD) e que segundo especialistas, é considerado um material com ganhos econômicos e ambientais.
“O cimento verde tem como objetivo ser uma alternativa para a execução de camadas de suporte (estrutura) de vias de tráfego baixo e moderado, pois pode propiciar aumento da durabilidade destes tipos de vias, ocasionando diminuição de custos com manutenção”, explica Valdir Moraes Pereira, engenheiro civil do Laboratório de Materiais de Construção Civil do IPT.
Para o diretor presidente da Proguaru, Leonardo Lago, o projeto por ser inovador e dispor de uma nova tecnologia, será um grande diferencial para a cidade. “Guarulhos certamente ganhará com a aplicação do cimento verde, que trará benefícios econômicos e ambientais. É preciso ressaltar também que o projeto vem ao encontro dos pedidos do prefeito Guti, que ressalta a importância de buscarmos projetos com viés inovador e tecnológico”, disse.
Projeto - O projeto piloto para a utilização de “cimento verde” em camadas de suporte de pavimentos urbanos na cidade de Guarulhos reúne as empresas - Proguaru (Progresso e Desenvolvimento de Guarulhos S/A), Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a InterCement - que somam esforços para concretizar está proposta considerada inovadora e que utiliza Resíduos de Construção Civil e Demolição (RCD) como principal matéria-prima. O Projeto conta ainda com a participação da empresa Fiori do Brasil, que disponibilizará uma autoconcreteira para a realização das misturas dos materiais em campo.
O desenvolvimento da nova tecnologia conta com financiamento de R$ 5 milhões, recursos oriundos de um fundo do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e da InterCement.